Rush


Nestes momentos de rapidez mental, apetece deitar tudo cá para fora.
São as pré-ocupações, são as coisas que, ainda não tendo acontecido, já me ocupam a mente com pormenores que rondam a sordidez e que nunca chegarão a acontecer.
Cenários improváveis.

É o peso no estômago de não me permitir respirar fundo.
Um "não" à minha calma, que sei que tenho; à minha ponderação, que existe em mim; à minha sensatez; à minha lógica.
Aparece este lado bruxuleante, de afazeres por fazer, de histórias que ainda não aconteceram e povoam a minha história real.
Quero tirar isto daqui. E nem sei o que "isto" é !
Tento encontrar o fundo onde vou desembocar todos os dias em que tremo, por medo; tremo por temor da imperfeição; tremo com a justificação de que "Há muita coisa para fazer".
Arre! Pois que faça uma de cada vez!


[Foto de Algodão]