omissão
Muitas coisas que ouvimos, fazem-nos pensar... e se fosse comigo?
Numa vida a dois, imaginemos que um dos elementos do casal, o homem, por exemplo, que habitualmente partilha tudo com a mulher, telefona para uma amiga - o que, pelos vistos neste caso, não era habitual.
A mulher descobriu esta chamada e ficou a perguntar-se a si própria... porque é que ele não partilhou também isto comigo?
E , ao ouvir esta história, pensei, porque é que isto abalou tanto aquela mulher?
Omitir factos, na nossa vida privada, não é um direito que nos assiste?
Omitir é igual a mentir?
O que é facto é que aquela mulher manifestou perda de confiança no marido, pelo facto de ele ser habitualmente uma pessoa que partilhava tudo e não partilhou aquele telefonema.
Perguntava ela: "se não há mal nenhum nisso, ele podia ter-me contado, logo". E continuava, intrigada, a perguntar-se a si própria, porque é que ele não partilhou aquele telefonema, tal como já tinha partilhado tantos outros factos da vida dele.
Eu própria fiquei calada, apenas ouvindo, porque não sei o que sentiria se uma coisa assim se passasse comigo.
E, de facto, da maneira como ela falou, a ser verdade esta perspectiva de que o marido sempre conversa com ela, conta-lhe coisas de si, fala das amigas e dos amigos que tem ... e omite este telefonema... porquê?
É omissão ou mentira, ou simplesmente faz parte da vida privada de cada um de nós, mesmo vivendo em casal?
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